“Bem vindos a Varanasi, uma cidade de merda, num país de merda. Aqui encontram merda em todo o lado. Humana e animal. Fazem também compras de merda em locais merdosos. Asseguro-vos que a minha loja é a mais merdosa de todas, com artigos que são uma autêntica bosta. Querem visita-la?”
As palavras, sinceras, eram de um simpático e sorridente vendedor. Prometemos voltar para explorar a sua loja, mas já não o encontramos. Mal por mal, compraríamos à (quase) única pessoa sincera que encontramos em Varanasi
Esta cidade histórica, polvilhada de labirínticas estreitas ruelas, é coabitada por imensa gente e demasiados animais. No mesmo plano, vemos uma multidão de indianos em perfeita “harmonia” com vacas, cães, cabras, patos… um conjunto de animais com rédea solta e que também conspurcam cada rua da cidade.
Passear um dia sem pisar excrementos, tarefa impossível. Ou sorte de principiante.
Entre o lixo e a defecação humana (que se move em inúmeras bicicletas, riquexós e ruidosos e poluentes tuc tuc, motos, carros, tractores, etc) e o esterco animal, estes ainda ficam a perder. Não se entende como não mudam de poiso e deixam Varanasi entregue apenas aos seus peculiares habitantes.
Aqui sobra pobreza. Mas a que mais nos incomodou foi a de espírito. Entre mim e o Vasco, uns 100 países visitados. Kayo, Frank e Miguel igualmente com extensa experiencia de viagens. Nunca vimos algo igual. Pobres de espírito ao extremo, chatos com em lado algum, por vezes agressivos, sempre enganadores e vastas vezes alienados…
Depois da sinceridade do comerciante que nos abordou, traduzida no início deste post, a honestidade na publicidade de um outro restaurante: “Somos menos porcos do que os outros”. Quem fala assim…
Questões religiosas à parte, as quais respeitamos, se nos perguntarem qual o maior “esgoto” humano até hoje visitado, não se nos afigura, por variadíssimos motivos, lugar mais indicado do que a mítica Varanasi.
Assustador!!! Só a pobreza de espírito e passividade estúpida justifica que uma cidade chegue a esse ponto... É inacreditável!
ResponderEliminar